Quinta, 31 de julho de 2025, 04:20
CONTAMINDAS

Estudo aponta contaminação por arsênio e superbactérias em ostras vendidas no Brasil

Análise de 108 amostras identificou metais pesados acima do permitido e presença de bactérias resistentes a antibióticos.

Um estudo realizado por pesquisadores da USP, Instituto de Pesca, UFSC, Ipen e PUC do Chile revelou que ostras comercializadas em mercados de São Paulo e Santa Catarina apresentam contaminação por arsênio e resistência a antibióticos. A análise avaliou 108 amostras coletadas entre setembro de 2022 e março de 2023.

Os pesquisadores identificaram níveis de arsênio acima do limite permitido pela Anvisa em amostras de três dos cinco mercados analisados. Os valores chegaram a 1,9 mg/kg, enquanto o máximo estabelecido pela agência é de 1,0 mg/kg. Também foram detectados traços de cádmio, chumbo, cromo e prata nas ostras.

  
Ostras comercializadas no Brasil podem estar contaminadas por arsênico. Agência SEBRAE
 
 
 

As espécies analisadas foram Crassostrea gigas e Crassostrea brasiliana, comuns na comercialização nacional. Além da contaminação por metais pesados, as amostras apresentaram cepas de superbactérias, que são resistentes a medicamentos usados no tratamento de infecções.

Segundo os autores do estudo, a presença dessas bactérias pode representar um risco à saúde pública, pois dificulta o tratamento de doenças transmitidas por alimentos. As instituições envolvidas alertam para a necessidade de melhorias no controle sanitário e nas condições de cultivo e comercialização de moluscos no país.

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