O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anestesia geral, sedativos e bloqueios anestésicos durante procedimentos de tatuagem com fins estéticos em todo o país. A medida, publicada nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial da União, exclui apenas casos médicos, como intervenções reparadoras orientadas por profissionais de saúde.
A proibição se aplica independentemente do tamanho ou local da tatuagem. A resolução do CFM segue após a morte do influenciador Ricardo Godoi, que faleceu em Santa Catarina após suposto uso de anestesia para tatuar as costas. O caso reacendeu o debate sobre riscos em procedimentos fora de ambientes adequados.

Nos últimos anos, o uso de sedativos em tatuagens ficou popular entre artistas e influenciadores, que optavam por sessões longas sem dor. Especialistas alertam, no entanto, que a anestesia geral requer estrutura hospitalar, ventiladores mecânicos e equipe treinada, o que está fora da realidade dos estúdios de tatuagem.
A fiscalização da nova norma caberá aos conselhos regionais de medicina e aos órgãos de vigilância sanitária. O objetivo é prevenir riscos graves à saúde, como hipoxemia e broncoaspiração, associadas ao uso indevido de anestésicos em locais sem suporte médico.
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