Suzana Moreno A Justiça do Piauí revogou, nesta sexta-feira (25), a determinação de monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-gerente de Fiscalização de Trânsito da Strans, Daniel Lima Araújo. Ele era investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de cancelamento irregular de multas de trânsito em Teresina, revelado pela Operação Reset. A decisão foi assinada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos, após solicitação da defesa do ex-servidor.
Daniel foi alvo de mandado de busca e apreensão e é apontado pelo Departamento de Combate à Corrupção como um dos principais suspeitos no caso. A Operação Reset investiga a exclusão de mais de 2 mil multas do sistema de registro da Strans entre fevereiro e junho deste ano, com prejuízo estimado em R$ 500 mil aos cofres da Prefeitura de Teresina. O relatório que identificou as fraudes foi solicitado ainda durante a gestão do coronel Edvaldo Marques.
O ex-superintendente da Strans, Bruno Pessoa, também é investigado e já cumpre o uso de tornozeleira eletrônica. Ele é sobrinho do ex-prefeito da capital, Dr. Pessoa, e teria chefiado o órgão durante o período em que as irregularidades foram praticadas. Segundo a Polícia Civil, servidores comissionados e terceirizados excluíam as multas para beneficiar pessoas com influência política, sem documentação formal.
Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil prendeu Lucas da Rocha Lima, que estava foragido desde o início da operação. Ele foi localizado após ser monitorado no estado do Ceará e acabou detido em Teresina, na sede do Departamento de Combate à Corrupção. A prisão ocorreu após dias de diligências nos endereços ligados ao investigado.
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