A Justiça Eleitoral realizou nesta sexta-feira (28) o último dia de audiência da ação penal que envolve a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e outros oito réus. Eles são investigados por compra de votos e ligação com uma facção criminosa durante as eleições municipais de 2024, em Teresina. O promotor eleitoral Plínio Fontes afirmou que as provas documentais sustentam a acusação e que os interrogatórios, embora relevantes, não são determinantes.
Durante a chegada ao Fórum Eleitoral, o promotor destacou que todos os réus ouvidos até agora optaram por permanecer em silêncio, o que é um direito previsto em lei. Ele afirmou que isso não altera o entendimento do Ministério Público, que baseia sua denúncia em extratos bancários, registros de PIX e mensagens sobre títulos de eleitor, além de depoimentos colhidos ao longo da semana.

Segundo Fontes, as testemunhas ouvidas confirmaram informações consideradas importantes para o caso. Ele explicou que o Ministério Público ainda vai avaliar todos os relatos para definir se novas diligências serão solicitadas. Para o órgão, os documentos financeiros e eletrônicos formam o núcleo da investigação.
A ação é resultado da Operação Escudo Eleitoral, que apura a atuação de uma organização criminosa no processo eleitoral. Além da vereadora, também respondem ao processo o namorado dela, familiares, assessores e funcionários de uma ONG ligada ao grupo. A defesa questiona a legalidade de parte das provas e afirma que deve pedir a retomada das atividades do Instituto Vamos Juntos, suspenso desde abril. Após o encerramento das oitivas, caberá à juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho definir os próximos passos do processo.

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