A interdição de 42 postos de combustíveis no Piauí pela Operação Carbono Oculto 86 deixou 336 trabalhadores sem definição sobre seus empregos. Segundo o Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis (Sinpospetro), frentistas, atendentes, trocadores de óleo e funcionários de lojas de conveniência seguem comparecendo aos locais, mesmo com as atividades suspensas, à espera do desfecho judicial.
O presidente do Sinpospetro, Sebastião Oliveira, informou que as equipes estão em regime de revezamento e que os salários continuam sendo pagos normalmente. O sindicato, porém, relata preocupação com o clima de incerteza, já que não houve contato direto das empresas investigadas. A rede Diamante afirmou que colocou 140 funcionários de suas unidades em férias coletivas até nova decisão da Justiça.

A operação, deflagrada em 5 de novembro, teve como alvo 49 postos de combustíveis, empresas de fachada e fundos de investimento no Piauí, Maranhão e Tocantins. A Secretaria de Segurança Pública aponta que o grupo investigado usava os estabelecimentos para lavar dinheiro e ocultar patrimônio do Primeiro Comando da Capital (PCC). Dos postos alcançados por mandados, 42 estão no Piauí, sendo 16 em Teresina.
Durante a ação, foram apreendidos diversos bens, entre eles um Porsche avaliado em R$ 550 mil e um avião modelo Cessna Aircraft 210M, pertencente ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio. Além disso, outros 22 postos foram interditados em 11 de novembro por determinação judicial relacionada aos desdobramentos da operação.

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