Quase 200 mil pessoas vivem em favelas e comunidades urbanas no Piauí, segundo dados do Censo 2022. Apesar do alto número, o levantamento do IBGE mostra que essas áreas apresentam índices de infraestrutura acima da média nacional, especialmente no acesso a calçadas. No estado, 83,9% dos moradores vivem em ruas com esse recurso, o maior percentual do país.
A pesquisa também mostra que a pavimentação chega a grande parte dessas regiões. Cerca de 88,4% das pessoas que vivem em favelas no Piauí moram em vias pavimentadas, resultado que supera com folga o índice nacional. Fora dessas áreas, o número é ainda maior, alcançando 95,4%. O acesso de veículos de grande porte, como ônibus e ambulâncias, também é expressivo: 90,7% das ruas têm condições para esse tipo de tráfego.

Os dados reforçam que serviços essenciais, como coleta de lixo, transporte público e atendimento de emergência, alcançam boa parte dos moradores dessas comunidades. Mesmo assim, há diferenças entre favelas e outras áreas urbanas do estado, principalmente no acesso completo à infraestrutura. A distância entre os dois cenários chega a quase 10 pontos percentuais em alguns indicadores.
Apesar dos avanços, o número absoluto de moradores em favelas permanece elevado: 199.044 pessoas registradas em 2022. O Piauí aparece como o sexto estado do Nordeste com maior concentração de moradores nessas áreas e ocupa a 14ª posição no ranking nacional. Em comparação, São Paulo lidera o país com 3,6 milhões de residentes em favelas, seguido por Rio de Janeiro e Pará.

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