O governo federal anunciou nesta sexta-feira (10), em cerimônia em São Paulo, um novo modelo de crédito imobiliário que amplia o volume de recursos disponíveis para o financiamento da casa própria. A medida foi apresentada em conjunto pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central e tem o objetivo de estimular a construção de moradias e facilitar o acesso da população ao crédito habitacional.
Atualmente, os bancos precisam destinar 65% dos recursos captados pela poupança para o crédito imobiliário. Com o novo modelo, esse direcionamento obrigatório será gradualmente extinto até 2027. Também será reduzida a parcela de depósitos compulsórios — recursos que as instituições financeiras são obrigadas a manter retidos no Banco Central.

De acordo com o Banco Central, a mudança deve viabilizar cerca de R$ 111 bilhões em novos financiamentos no primeiro ano de aplicação, o que representa R$ 52,4 bilhões a mais em relação ao modelo atual. Desse total, R$ 36,9 bilhões estarão disponíveis de forma imediata. O governo afirma que a ampliação do crédito não deve impactar as taxas de juros cobradas nos financiamentos.
O novo modelo também aumenta o valor máximo dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Segundo o governo, a medida deve beneficiar principalmente famílias de classe média, impulsionar o setor da construção civil e gerar mais empregos no país.

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