Um relatório técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) identificou um rebaixamento de 13 centímetros na estrutura do elevado da Avenida Miguel Rosa, em Teresina, e recomendou uma intervenção imediata para evitar riscos de acidentes. O documento já foi encaminhado à Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Sul, responsável pela manutenção da via.

De acordo com o presidente do CREA, Hércules Medeiros, o desnível foi constatado após sondagens realizadas na área, que apontaram para um provável recalque — termo técnico que designa o rebaixamento do solo de sustentação da estrutura.
“Inicialmente, trabalhamos com a hipótese de um problema no tabuleiro da ponte, por causa de elementos estruturais rompidos. Mas o levantamento indica que o mais provável é um recalque na estrutura de acesso”, explicou Medeiros.
O órgão orientou que caminhões e veículos pesados evitem trafegar pelo local até que a situação seja normalizada. Também foi recomendada a redução de velocidade no trecho e o monitoramento contínuo do desnível.
A primeira fase do elevado foi entregue em 2017, com o objetivo de interligar a BR-316 ao Centro de Teresina e aliviar o tráfego na região. Segundo o presidente do CREA, o problema já havia sido registrado anteriormente.
“É um problema recorrente, identificado desde a inauguração da obra. Caso não seja possível restringir a velocidade e a carga, a recomendação é de interdição total do elevado”, alertou.
O CREA defende que seja realizado um estudo aprofundado sobre as causas do rebaixamento antes da execução de novas intervenções estruturais.

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